Os moradores do campo sofrem mais com a insegurança alimentar no país do que os moradores da cidade. Foi o que revelou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua): Segurança Alimentar (2023), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no último dia 25 de abril.
De acordo com os dados da pesquisa, referentes ao último trimestre de 2023, enquanto 73,3% dos lares nas áreas urbanas do Brasil encontram-se em segurança alimentar (SA) — portanto, acima da média nacional de 72,4%; no campo, esse percentual cai para 65,5%.
No sentido contrário, 26,7% dos lares nas áreas urbanas do país encontram-se em situação de insegurança alimentar (IA) — sendo 17,7% em situação de IA leve; 5% em situação de IA moderada; e 3,9% em situação de IA grave. Cenário que também é mais expressivo entre os moradores do campo, visto que: 34,5% dos lares nas áreas rurais do Brasil encontram-se em situação de insegurança alimentar — sendo 21,8% em situação de IA leve; 7,2% em situação de IA moderada; e 5,5% em situação de IA grave.
Confira esses e demais dados, informações e notícias a respeito da segurança alimentar dos brasileiros na íntegra da Pnad Contínua: Segurança Alimentar (2023), publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Conceitos de SA e IA (leve, moderada e grave), segundo o IBGE
Conforme o que esclareceu a Pnad Contínua, a segurança alimentar “reflete o pleno acesso dos moradores dos domicílios aos alimentos, tanto em quantidade suficiente como em qualidade adequada”.
Já a insegurança alimentar leve é caracterizada pela preocupação das pessoas de determinado domicílio com o acesso aos alimentos no futuro. Além disso, “já se verifica comprometimento da qualidade da alimentação no domicílio e moradores ou os adultos da família assumem estratégias para manter uma quantidade mínima de alimentos disponível aos seus integrantes”, frisou o IBGE.
Na insegurança alimentar moderada, por sua vez, há restrição quantitativa de alimentos, situação que afeta, sobretudo, os adultos do domicílio. Enquanto no nível de insegurança alimentar grave, “além dos membros adultos, as crianças, quando presentes, também passaram por privação severa no consumo de alimentos, podendo chegar à sua expressão mais aguda, a fome”, completou a publicação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.