Perda cognitiva pode ser agravada pelo consumo de alimentos ultraprocessados, aponta pesquisa

Consumir alimentos ultraprocessados podem contribuir para a perda cognitiva, de acordo com os resultados de uma pesquisa feita por cientistas da Universidade de São Paulo (USP). As notícias do levantamento foram reportadas no último dia 8 de agosto pela Agência Brasil.

As habilidades cognitivas costumam diminuir à medida que a idade avança — “dificuldade de lembrar datas, fazer cálculos ou realizar tarefas básicas do dia a dia”, lembrou a Agência Brasil. Todavia, enfatizou a reportagem, a análise dos cientistas da USP mostrou que essa perda chega a ser 28% maior entre aqueles que consomem mais alimentos ultraprocessados. Os alimentos ultraprocessados são aqueles “que passaram por processo industrial tão intenso que a composição deles já nem parece a de comida de verdade”, como, por exemplo, pães de forma, salgadinhos e refrigerantes, ilustrou o texto.

Ainda, as informações reportadas pela Agência Brasil também foram de que o declínio cognitivo foi maior entre aqueles que consumiam mais de 20% das calorias diárias de ultraprocessados. “E não é difícil chegar a essa média: 20% equivale a três fatias de pães de forma por dia”, alertou a matéria.

A pesquisa em questão analisou o desempenho das pessoas que participaram do mais longo e maior estudo de performance cognitiva realizado no Brasil: o chamado Elsa-Brasil, pontuou a Agência. “São cerca de 15 mil pessoas, entre 35 e 74 anos, que começaram a ser acompanhadas em 2008 para investigar fatores de risco para doenças crônicas como hipertensão, arterioesclerose e acidente vascular cerebral”, destacou.

“O estudo analisou os dados conforme o tipo de alimento consumido: alimentos não processados, como vegetais e frutas, os ingredientes culinários, como sal e óleos, os alimentos processados, com modificações leves como adição de sal ou açúcar, e os ultraprocessados”, esclareceu o canal de notícias.

Mais informações podem ser encontradas na íntegra da reportagem feita pela Agência Brasil.