A OPAS/OMS (Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde) lançou no dia 7 de março deste ano a versão do GIH-mhGAP (Guia de Intervenção Humanitária) no Brasil. O documento foi publicado em língua portuguesa após uma adaptação do guia original lançado pela OMS. Essa é uma importante ferramenta que possibilita a integração do componente mental à saúde e todos os cuidados humanitários necessários que devem ser tomados em situações de emergência.
O material divulgado em novas notícias pelos organismos responsáveis contém importantes orientações voltadas para os gestores clínicos, que encontrarão os princípios gerais para a aplicação da atenção em situação de emergência humanitária, como, por exemplo, lidar com estresse agudo, módulos de manejo e avaliação, transtorno depressivo, saber lidar com o estresse pós-traumático, deficiência do intelecto, epilepsia, uso de drogas e álcool, depressão, suicídio e outros problemas de ordem mental.
O guia foi primeiramente lançado em língua inglesa pela OMS e Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados). O material é uma simples ferramenta com informações de como os profissionais de saúde devem agir, e deve ser inserido em todos os municípios ainda este ano. As áreas de manejo clínico especializadas em saúde mental e neurologia são bastante afetadas em casos de grandes emergências humanitárias como é o caso da pandemia de coronavírus. “As opções de tratamentos neste tipo de ocorrência dificulta o atendimento de pessoas que precisam deste tipo de cuidado. O guia é uma forma de organizar as coisas para que o atendimento seja mantido com qualidade levando em conta que a demanda tende a aumentar em situações como as que estamos vivendo agora”, explica a OMS.
O Guia de Intervenções foi produzido para o Brasil com recursos da Embaixada do Japão e está ligado diretamente ao projeto “Fortalecimento de Capacidades Locais em Saúde Mental e Apoio Psicossocial no Contexto Migratório”, desenvolvido em parceria com a OPAS/OMS no município de Boa Vista, Roraima, no ano passado. Entre os meses de janeiro e março de 2020, os organismos responsáveis pelo guia capacitaram 88 profissionais de saúde da rede primária para atender pacientes de acordo com as orientações do GIH-mhGAP em Boa Vista.