IBGE divulga crescimento de 0,5% da indústria em fevereiro deste ano

A produção da indústria brasileira fechou o mês de fevereiro deste ano em alta de 0,5% em comparação com o mês anterior. Os dados foram divulgados em recentes notícias no dia 1º de abril de 2020 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Com esse resultado, o setor já acumula o segundo avanço mensal consecutivo, porém, conseguiu eliminar apenas um pequeno percentual do retrospecto negativo de 2019 ainda observado este ano.

Na comparação entre os meses de fevereiro deste ano e do ano passado, o retrospecto foi negativo com queda de 0,4%, acumulando o quarto resultado negativo seguindo esta forma de comparação. A atividade industrial no mês de janeiro deste ano veio de uma revisão de 0,9% para 1,2% referente a dezembro do ano passado. Ao longo deste ano a indústria já tem queda acumulada de 0,6% em comparação com o mesmo período do ano passado.

Os resultados recentes divulgados pelo instituto sobre o retrospecto da indústria em fevereiro deste ano, vão contra as expectativas de queda de 0,4% lançadas por especialistas da Reuters. Anterior a divulgação dos dados pelo IBGE, os economistas da Reuters projetavam variação de 2,5%. Mesmo com o começo sendo positivo para a indústria, os especialistas em economia alertam para resultados ruins após os primeiros meses de pandemia no Brasil. O setor industrial acumula queda de 1,2% em 12 meses, e somente conseguiu reduzir o forte recuo dos últimos anos ao longo do ano passado.

“Esse é o segundo avanço consecutivo depois que o setor registrou uma queda nos últimos meses do ano passado. Porém, o saldo ao decorrer deste período ainda é negativo, pois quando observamos os resultados de novembro e dezembro do ano passado logo temos recuo de 2,5%, uma retomada da economia aos poucos”, explica André Macedo, gerente da pesquisa do IBGE.

Em fevereiro deste ano, 15 dos 26 ramos da indústria levantados pela pesquisa do instituto tiveram alta. O destaque ficou por conta dos farmacoquímicos e farmacêuticos, com alta de 3,2% no período, seguido pela produção de veículos e outros produtos químicos, com altas de (2,7%) e (2,6%), respectivamente.